Essa foi a pergunta que uma cliente fez há alguns dias em um projeto que executamos pela Afterpix para um banco que não posso dizer qual é.
Respondi para a cliente que aqui no Ocidente, nós fazemos a leitura da esquerda para a direita e aquilo que está à esquerda é percebido primeiro pelo lado direito do cérebro, o lado não linear, criativo, que lida muito melhor com imagens e conceitos do que com texto, ao passo que do lado direito, é a parte que é interpretada primeiramente pelo lado esquerdo do cérebro, especialista em textos, números, dados lógicos.
Portanto, a escolha de uma composição de logotipo que tenha o ícone à esquerda e o texto do nome da marca ao lado direito, deve-se à essa característica de interpretação do nosso cérebro.
Existe um estudo publicado no British Journal of Psycology em 1981 que explica em detalhes o estudo que deu origem a essa teoria sobre a interpretação do cérebro em imagens. O estudo refere-se, principalmente a peças publicitárias, mas o funcionamento do cérebro é muito similar para interpretar outros recursos verbo visuais.
A propósito, aqui está a referência do artigo citado acima: Ellis, A. W.; Miller, D. (1981). Left and Wrong in Adverts: neuropsycological correlates of aesthetic preference. British Journal of Psycology, v.72, n.2, p.225-29.
Isso não é uma regra rígida para logotipos, no entanto, é uma forma coerente e fundamentada de explicar para o cliente o motivo das decisões.
Penso que todas as decisões de design devem estar fundamentadas na ciência para diferenciar os profissionais daqueles que são apenas operadores de programas gráficos.
Não dá para se dedicar 20 anos ao estudo de um campo do saber e depois ser comparado com pessoas que estão há um ano ou dois operando softwares gráficos como o Canva ou similares.